Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário

Brev(íssimo)e comentário sobre o caça-níqueis do Zodíaco.

Será que realmente A Lenda do Santuário é um filme assim tão ruim quanto dizem?

Sim, acho que isso é uma maneira meio que brutal de começar uma postagem, mas é até viável pelos comentários que estão correndo pela internet das pessoas que já viram a animação e simplesmente jogam que acharam horrível, perca de dinheiro, não assistam, etc etc etc.

Primeiramente, eu posso dizer que não concordo com as pessoas que estão falando que o filme é ruim pelo fato de que fugiu do Cavaleiros do Zodíaco original. Desde o início foi alertado que o filme seria um reboot (para os que não estavam sabendo, surpreendam-se agora), então, sabendo disso, já teríamos que ir para os cinemas praticamente ignorando tudo o que já assistimos sobre Os Cavaleiros do Zodíaco e nos prepararmos para uma visão bem diferente do que já tínhamos visto. Fazendo isso, o problema com falta de fidelidade simplesmente desapareceu.

Mas não é só porque o filme é um reboot que ele já tem motivos o suficientes para não ser ruim e sim!: o filme realmente possui aspectos que pecaram bastante no conteúdo apresentado, mas que podem até ser justificados. Vamos colocar alguns pontos sobre os quais se dá para discutir em quesito de falhas:

– História corrida: Uma coisa inegável e de consenso geral entre as reclamações com certeza foi a história do filme ter sido um tanto quanto corrida demais. Tivemos, se formos fazer um paralelo, uma saga inteira de Cavaleiros do Zodíaco apresentada em pouco mais de uma hora e meia de filme. Como apresentar todos os cavaleiros importantes (se bem que alguns foram apenas citados) nesse pouquíssimo tempo? A resposta para essa pergunta acabou sendo lutas curtas e com um clímax muito fraco, mas isso será melhor explicado no próximo ponto.

– Lutas: As batalhas entre os cavaleiros no filme foi outra coisa bem difícil de lidar também pelo fato de serem bem rápidas e assim perdendo a emoção que deveria ser imposta. Pode-se dizer que a “batalha de apresentação” dos cavaleiros de bronze foi bem mais emocionante que praticamente todas as batalhas contra os cavaleiros de ouro. Uma coisa que pra mim fez sentido sobre a questão de batalhas foi o fato dos cavaleiros de bronze terem poucas batalhas contra os de ouro. A maioria dos dourados ficou do bem rapidamente e isso fez com que os de bronze não sofressem tanto passando pelas doze casas (o que faz mais sentido por eles ainda estarem no nível de bronze).

Teor cômico: Os que assistiram ao filme, se prestaram um cadinho de atenção, deve ter percebido que o humor acabou ficando forçado e deve ter causado bastante estranhamento na maioria, principalmente na versão dublada. Não que a dublagem estivesse ruim, mas parecia às vezes que algumas daquelas novas personalidades não encaixavam com os dubladores antigos e ficou bem difícil de lidar com algumas coisas. A parte que tentou ser mais humorística no filme, é um caso a parte, que será tratado a seguir.

– Máscara da Morte: Falar sobre o Máscara da Morte é praticamente um bônus. Ele foi uma figura… digamos… única. A casa de Câncer era praticamente uma balada. Luzes piscando e almas cantarolando junto do próprio cavaleiro de Câncer. Sim! O musical com certeza foi constrangedor de se escutar, mas enfim, ao menos ele foi um dos únicos a participar de uma luta inteira no filme.

Bom, colocados alguns pontos principais do que acabou sendo ruim no filme é bom falar dos motivos que levem a um cidadão fã indignado com os comentários do filme vistos na internet. Da mesma forma que fiz com os contras, vamos aos prós para que ao menos tentar criar uma chama de esperança nos pobres corações aflitos:

– Animação: Ah! a animação! O que era visto nos trailers em questão de passagem das imagens animadas foi fielmente continuado no filme. Não era aquelas coisa de só algumas cenas serem bonitas, o filme por inteiro estava lindo. Os cenários não eram nada fáceis de se animar se é o que estão imaginando. Não, meus amigos! Aqueles cenários estavam divinos. As doze casas, o Santuário e até mesmo os  locais normais na Terra estavam incríveis. A animação das lutas era simples em grande parte, mas estava centrada naquilo que pretendia. Até mesmo uma fuga em um carro conseguiu ficar incrivelmente bem trabalhada no filme.

– Trilha Sonora e Sonoplastia: Não, amigos, não precisamos de Pegasus Fantasy sempre. A música dos créditos, Heroé absolutamente linda e muito gostosa de se escutar. A trilha sonora em geral também encaixou bem com o clima em que foi proposto (acho que a única parte que podemos dizer que pecou no quesito musical foi o show do Máscara da Morte, mas enfim). A questão de sons de luta estava ótima! O som das armaduras merece bastante destaque já que mostrava a sonoridade bem real de realmente uma armadura rangendo em seus movimentos.

– Os Cavaleiros de Bronze: Não sei se posso chamar essa parte de mais pessoal, mas é uma coisa a se destacar é a personalidade dos cavaleiros de bronze. Mesmo não tendo tanto tempo para serem exploradas, foi perceptível que as personalidades estavam bem melhoradas. Ainda semelhantes às originais, mas elas estavam bem mais juvenis, o que às vezes não era sentido no anime. O Seiya como um jovem brincalhão (semelhante ao do mangá); Shiryu ainda mostrando seu lado mais responsável, porém ainda com um pouco da ingenuidade da juventude; Hyoga mostrando ser um daqueles adolescentes rebeldes com direito até a uma motocicleta; Shun BEM extrovertido ao estilo ao jovem que é mais popular e por fim Ikki sendo… Ikki (pelo menos em personalidade).

– Saga à la Final Fantasy: A batalha final contra Saga foi dividida em três etapas. Duas delas já conhecidas que é ele normal, depois mostrando seus conhecidos cabelos brancos e olhos vermelhos de ira e um terceiro estado que para muitos foi a pior parte do filme, mas devo dizer que gostei. Uma transformação com todo o poder de Saori, um monstro enorme ao estilo bem JRPG que precisou da união do poder de Seiya, Saori e a poderosa armadura de Sagitário.

Bom, acho que aqui posso concluir essa crítica. Ainda há muitas coisas a se discutir sobre o filme e muitos pontos de vista a serem vistos, porém aqui eu deixo o meu. Se eu recomendo o filme? Bom, para aqueles que querem um programa qualquer em algum dia livre, assista. Não será uma perda de tempo. Só a parte técnica do filme já levanta o astral de muita gente (ainda mais se forem daqueles apaixonados por um desenho e animação que casem perfeitamente). Mas para aqueles que já sabem que vão ficar reclamando, nem recomendo assistir no cinema. Assistir pela internet dublado ou legendado mesmo deve ficar como melhor opção ou ir atrás de ver o clássico filme do Pelé.

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Por, Teke

9 comentários em “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário

  1. Finalmente uma crítica digna , Parabéns a todos os envolvidos , É bom saber que alguém na internet possui a mente aberta na hora de assistir o filme e fazer uma crítica realmente boa , bem diferente do que eu tenho visto em outros sites e blogs de crítica que se dizem ser “especializados” , mas só se basearam no “Ah, tá diferente do anime/mangá que eu assistia/lia por isso tá ruim ” . Parabéns mais uma vez pela ótima crítica !!

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  2. Falou tudo, Teke! É isso tudo o que eu acho do filme! Esse filme não é totalmente ruim, para que não conhece CDZ é um bom começo!
    E essa piada do filme do Pelé foi a melhor!

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  3. Bom comentário, ta de parabéns. Eu fui ver o filme ontem e sinceramente não achei o filme ruim, não gostei pra caralho, mais eu gostei do filme, achei legal o visual de alguns cavaleiros, o aioria com o visual kurt cobain do nirvana (se ele tivesse cantado Smells Like Teen Spirit Like Teen Spirit eu ia achar mais foda que o musical do mascarra da morte), e apesar de alguns furos ele não é de todo mau.

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  4. Finalmente uma crítica digna e construtiva. Tudo o que você disse era exatamente o que eu pensava. Esse haterismo todo para cima do filme estava me dando nervos.
    Eu pensava dessa forma: “Caramba, o filme é um reboot, óbvio que ia ser quase que totalmente diferente do original. Sem mencionar que resumir 1460 minutos (73 episódios da saga do Santuário, segundo algumas pessoas) em 95 minutos não é uma tarefa fácil. E que certamente não iria resultar em um filme grandioso como muitos esperavam”.

    O filme foi bom, apenas. Só acho que o filme ficaria melhor se fosse uma trilogia, mas acho que nós, brasileiros, não iríamos gostar de esperar, né.

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