“Nós, Drifters, iremos tomar um país!!!”
Imagine um mangá que trouxesse a possibilidade de nos trazer uma batalha entre Julio César e Napoleão Bonaparte. Foi essa frase que me fez acompanhar esse mangá, mas creio eu que ele tem tanta coisa mais atraente para os leitores que tentarei não resumir o mangá a possibilidade de um conflito entre países liderados por Leônidas I e Gengis Khan (até porque, pelos rumos que o mangá está tomando, isso não vai acontecer. Uma pena).
Drifters é um mangá que estreou em 2009 na antologia seinen Young King Ours da Shonen Gahosha. É de autoria de Kouta Hirano, mesmo autor de Hellsing, e até agora tem 35 capítulos compilados em três volumes. É. 3 volumes desde 2009. Isso acontece porque, por mais que a revista seja mensal, o trabalho do Kouta Hirano não o é. Ainda mais que de vez em quando temos capítulos de ridículas 10 páginas. É… Apesar disso tudo o mangá vale bastante à pena ser lido.
O mangá segue a história de Shimazu Toyohisa, um samurai que lutou na batalha de Sekigahara e ficou para trás para proteger seu tio e comandante, morrendo logo em seguida. Depois disso, ele se encontra num mundo medieval a beira de um colapso. Após ele conhecer o famosíssimo Oda Nobunaga e o lendário Nasu no Yoichi (ambos já mortos no tempo de Toyohisa) e planejarem tomar um país daquele mundo pra si.
Mais tarde no mangá, eles entram em contato com os Outubristas liderados por ninguém menos que Abe no Seimei, quando os é revelado que eles vieram de outro mundo, assim como os lideres de um exército que está tramando a aniquilação de todos os humanos. Os líderes desse exército são conhecidos como Escórias e que sofreram de forma brutal ou injusta no nosso mundo e agora apenas querem a destruição dessa terra.
Por que ler Drifters já que ele tem problemas com periodicidade e com o numero de paginas por capítulos? Bem, porque ele é um mangá que empolga facilmente a todos e de várias formas. Caso você goste de ação, há ação. Caso goste de mais estratégia, também tem estratégia. Caso goste mais de política, também há. E se você gosta de história, obviamente você já está procurando esse mangá após essa sinopse. É um mangá para vários gostos.
Primeiro gostaria de esclarecer que por mais que os personagens principais sejam japoneses, há a participação de vários personagens históricos de outros lugares e de várias eras. Por exemplo, Aníbal Barca, general do Cartago nas Guerras Púnicas e assombrou Roma até ser derrotado, passando pela Idade Média com Joana D’Arc da França até os fora-da-lei do Velho Oeste Americano Sundance Kid e Butch Cassidy. Isso até agora, ainda podem aparecer muitos outros e é o que todos torcemos pra acontecer.
O mangá até agora, foi baseado bastante em batalhas, já tivemos batalhas bem estilo shounen de um contra um e essas coisas, mas na maior parte do tempo temos batalhas mais estratégicas entre pequenos exércitos e esse é um padrão que provavelmente irá se seguir. Essas batalhas são extremamente bem feitas, onde o autor explica o que o comandante faz e porque o faz, mas que presa bastante pela ação e o sangue para quem curte ver morte, horror, violência, guerra e outras coisas boas na vida.
Já o mundo de Drifters passa longe de ser a coisa mais criativa do mundo. É uma terra medieval de fantasia extremamente genérica, mas não precisa mais que isso pro que o mangá realmente foca e ainda dá uma base para aquele mundo sem precisar trabalhar muito nele. Ainda a divisão de raças na história consegue fazer uma boa trama de discriminação e sobre limpeza étnica (que nesse caso é racial mesmo) fazendo com que o mundo, apesar de ser extremamente genérico, dê conta do recado e não deixe a desejar.
Fora da porradaria, ainda temos o plot de um golpe de estado acontecendo com os personagens tentando juntar povos, vilas e fazer um exército para fazer frente ao vilão do mangá e construir seu reino, que é o objetivo maior. Como acréscimo, ainda há o desenvolvimento sobre temas de tecnologia, espiritualidade e até filosofia. Claro, ainda é um mangá predominantemente de pancadaria generalizada e sempre focará mais nisso, porém o autor nos passa a realidade que não é só guerra que vai levar o mangá pra frente, o que torna o mangá bem mais interessante.
Porém, para mim, o grande ponto forte é o fator história desse mangá. Acho extremamente divertido o uso de personagens históricos nesse mundo, seus papéis e tudo mais, mas creio que isso aconteça porque eu gosto bastante de história, mas acho, pelo que eu disse mais acima, que mesmo alguém que durma nas aulas do colégio ainda pode aproveitar bastante o mangá mesmo sem entender nada do que os personagens fizeram no nosso mundo. Claro, a pessoa vai perder algumas coisinhas, já que o autor não faz a mínima questão de explicar nada, mas as notas dos scans sempre darão uma mãozinha quanto a isso.
E como conseqüência do fator história, aqui temos bons personagens interagindo a cada cena do mangá, ainda mais com personagens extremamente distantes no tempo, assim nos proporcionando cenas como Aníbal Barca pedindo a metralhadora de Cassidy para tomar Roma ou Kanno Noashi, um piloto japonês da Segunda Guerra Mundial, não se entendendo com o general romano Cipião Africano e decidindo brigar ou ser amigável com ele pelo que lembra do que ocorreu na Segunda Guerra.
E já com ótimos personagens interagindo, ainda temos a possibilidade de isso crescer cada vez mais e aparecer outras pessoas sensacionais de nossa história como os citados no primeiro parágrafo, já que nenhum deles apareceu até agora no mangá. Isso dá um potencial realmente incrível ao mangá, nos deixando sempre a curiosidade de quem serão os próximos personagens a aparecer e o que eles significarão ao andamento da história.
Bem, é isso, creio que Drifters já seja um mangá mais famosinho, porém ainda não acho que seja o suficiente para um mangá com alto potencial de desenvolvimento, mas que ainda assim já nos empolga, mesmo com tão pouco que temos nesses longos anos desde 2009. E termino a recomendação de Drifters com o trailer do OVA que Drifters ganhará um dia aí:
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Por EruMarks
Ótimo mangá, li ele rapidinho e estou louco para que volte a lançar.
Os personagens que são reais são interessantíssimos. O mundo de Drifters, falando sobre raças é bem genérico mesmo.
O que me deixou mais intrigado até agora foi o homem no corredor, fica parecendo algo bem Stephen King onde o próprio autor tem o poder de participar da historia e modificar o seu rumos com as “próprias mãos”
Ótima recomendação.
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Personagens históricos inseridos em uma ficção, me lembrou muito Assassin’s Creed, que aliás, esse “recurso” é o que me fez gostar do jogo.
Outro que vai pra minha lista.
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Drifters é fantástico sem mas
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Um dicipulo do togashi? Esperar 1 mes inteiro por 10 paginas é sacanagem.
Gostei da ideia e da arte, parece interessante
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Parece-me ser bem interessante. Eu também gosto muito de História, o que me faz ficar com mais vontade ainda de lê-lo. Se conseguir tempo, vou começar ainda hoje. Só achei bizarro aquele dragão no trailer do OVA, parece de verdade. Que coisa feia!
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