Laputa… não tente separar esse nome, LOL
O terceiro filme da carreira de Miyazaki foi o primeiro do estúdio Ghibli. Dessa vez, a protagonista feminina, (Sheeta) é mais jovem que a princesa do Vale do Vento e, ao longo da trama, é acompanhada por um garoto da mesma idade (Pazu). O diretor novamente apresenta máquinas voadoras, e castelos também aparentam ser um cenário simbólico em suas animações.
Sheeta é descendente de um clã antigo, há um “Laputa” em seu sobrenome, e portadora de uma pedra misteriosa que possui vários poderes, inclusive o de mostrar a direção de Laputa, um castelo voador abarrotado de ouro e detentor de uma tecnologia muito avançada. Sheeta é perseguida por várias pessoas que almejam a pedra, incluindo um clã de piratas e o próprio exército. Numa das fugas, ela cai de um avião, mas é salva pelo poder da pedra, que a faz flutuar antes de cair em uma cidade mineradora. É assim que Pazu se encontra com Sheeta, e, ao saber que ela está sendo perseguida, resolve ajudá-la a sair da cidade. No entanto, o pai de Pazu foi um aviador que viu Laputa, mas ninguém acreditou em sua história, e o filho deseja mais do que tudo provar a todos que o castelo voador existe. Então, ele resolve seguir sua jornada com Sheeta para encontrar Laputa.
A relação do casal é muito bem trabalhada, assemelhando-se ao típico romance infantil e inocente que se traduz numa forte amizade capaz de resolver diversos momentos de complicações da trama. Apesar desses personagens criarem uma atmosfera mais delicada, há um clima mais maduro e político envolvendo o desejo do exército em se apossar de Laputa, trazendo à história alguns momentos de crítica ao desejo do homem por poder. O filme possui seus momentos altos e baixos, cenas emocionantes ou prolongadas em demasia, mas, quando os personagens, enfim, chegam à Laputa, a história inicia um ritmo mais eletrizante, uma vez que cada personagem possui objetivos próprios em relação à cidade voadora. Assim como em Nausicaä, Miyazaki não deixa de fora sua mensagem ecológica: Laputa era uma civilização super inteligente, mas, misteriosamente, foi abandonada e tomada pela natureza, e tudo o que resta são alguns robôs zelando o lugar.
É interessante notar que o símbolo de Laputa é semelhante ao emblema da roupa da protagonista de Nausicaä e o Vale do Vento, e o animal dourado que parece um esquilo, que está sempre acompanhando Nausicaä, aparece nos jardins do castelo, o que demonstra uma estranha relação entre os dois longas.
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Por, Luiz
quando vi o título a primeira coisa que me veio a cabeça foi o Aoshima kkkkkkkkkkk. esses filmes do Ghibli são perfeitos demais *-* vou procurar esse para assistir !!
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Certeza que era um avião? Se não me engano quando eu vi a muito tempo a traz era um dirigível.
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Sim, Tiago. Falha minha, rs. Era um dirigível. Mais para a frente começam a aparecer aviões. Fiquei com aviões na cabeça depois de ter visto Vidas ao Vento xD
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